Pobreza Menstrual, a importância do assunto!

O que nós temos a ver com isso? Mais do que vocês imaginam!

A menstruação é uma questão de saúde pública, e lutar por dignidade menstrual é dever de todos.

De acordo com o estudo “Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos”, cerca de 713 mil meninas vivem sem acesso a banheiro ou chuveiro em seus domicílios e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

Em 2014, a Organização das Nações Unidas (ONU) definiu o direito à higiene menstrual como uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Entretanto, em um país como o Brasil, onde, em 2019, 13,5 milhões de pessoas estavam abaixo da linha da pobreza, itens básicos como o absorvente ainda são considerados um luxo, e não um direito.

O acesso gratuito a absorventes é essencial para a dignidade das mulheres. É inadmissível que empresas continuem lucrando valores altíssimos com esses produtos, assim como acontece com tantos outros itens femininos que, historicamente, custam mais caro que equivalentes masculinos.

Em 2021, foi criada uma Medida Provisória (MP) que previa a distribuição gratuita de absorventes a mulheres em situação de rua, presidiárias, mulheres de baixa renda e estudantes da rede pública. No entanto, o então presidente Jair Bolsonaro vetou a proposta, alegando que não havia “fonte de custeio” — embora estivesse previsto que o financiamento viria do Sistema Único de Saúde (SUS).

Diante do veto, a responsabilidade recaiu sobre estados e municípios. Até o momento, 11 estados brasileiros implantaram políticas de distribuição gratuita de absorventes: São Paulo, Pernambuco, Piauí, Paraíba, Amazonas, Pará, Ceará, Bahia, Paraná, Roraima e Rio Grande do Norte.

A luta, porém, ainda não acabou. É fundamental que essa política seja ampliada para todo o território nacional e que a Educação Sexual deixe de ser tabu, passando a ocupar espaço nas escolas, nas famílias e em outros ambientes sociais.

A Educação Sexual ensina crianças a conhecer e proteger o próprio corpo, orienta adolescentes sobre a importância do uso de preservativos e promove uma relação mais saudável e consciente com a própria sexualidade.

Educação sexual é necessária sempre!

 

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